Como Funcionam Os Índices de Inflação

Como Funcionam Os Índices de Inflação
Paulo Meloto - 31/01/2018

Muitos empresários sentem dificuldades quando seu planejamento estratégico sofre alterações pelos impactos econômicos. Entres esses estão os índices de inflação, que mexem desde a capacidade produtiva da empresa, até a solicitação de novos empréstimos.

Uma das principais causas de imbróglios são as várias nomenclaturas de índices, que confundem até empresários de longa atuação no mercado. Por isso, é interessante se aprofundar nos conceitos base que permeiam a inflação.

Cabe inclusive contratar uma assessoria que possa aprofundar esse conhecimento, se aplica, evidentemente aos empreendedores que gostam de entender todo o processo.

Aqui vamos apresentar tópicos que ajudarão a elucidar como esses índices de inflação afetam as empresas. Mostraremos alguns conceitos e diferenças que existem entre os indicadores.

O que é inflação?

Num conceito mais clássico, inflação é o distúrbio na alta substancial e seguida do nível geral dos preços, que ao mesmo tempo, gera uma queda no poder aquisitivo das pessoas ou empresas. Ela acontece pelo crescimento da circulação monetária em desproporção com o volume de bens disponíveis.

É notoriamente sentida pela alta de preços dos produtos e serviços, pois alavanca os tributos cobrados pelo estado. Característica principal aqui no Brasil, é a participação efetiva dos governos (das três esferas administrativas) para regular os índices de inflação.

Historicamente o país passou por épocas de superinflação. Diariamente os produtos da cesta básica mudavam de preço, o que tornou os anos 80 um dos mais difíceis para sociedade brasileira. Com o advento do Plano Real, na década de 90, a superinflação foi extinta, e a economia no país começou a seguir um caminho mais instável.

A inflação é sempre medida em percentuais, e suas metas determinadas pelo governo federal. As grandes empresas sempre têm seus analistas em finanças de olho nesses números. Pequenas e médias empresa é que são mais afetadas por mudanças bruscas nos índices de inflação. Precisam tomar medidas drásticas para ter capital de giro, quando são afetas por nuances da inflação.

Com surgem os índices da inflação?

Os parâmetros utilizados para media a inflação são produtos que compõem a cesta de produtos. A partir deles chega-se aos percentuais inflacionários. Essa é a lógica para todos os índices de inflação.

Os produtos que estão na cesta usada como referência, são aqueles mais consumidos (comercializados) e que incidem em outros setores produtivos do país (agricultura, indústria e serviços), são eles:

  1. Produtos alimentícios
  2. Produto de higiene e limpeza
  3. Bebidas alcoólicas
  4. Algumas prestações de serviço (relacionadas a lazer, por exemplo) e outros.

Depois de parametrizada a cesta os vários institutos que medem os índices de inflação caem em campo para montar seus gráficos e tabelas.

De forma simples o cálculo funciona da seguinte maneira: no mês de janeiro a cesta básica custa R$ 100,00 e no mês seguinte custa R$ 110,00, significa que houve inflação de 10%.

Porém, mesmo que a inflação reduza, não necessariamente o mercado pratica menores preços dos produtos. Quando os preços caem, o termo que se usa é o de deflação, fenômeno que devolve o poder aquisitivo das pessoas.

Entre os principais institutos estão:

  1. Fundação Getúlio Vargas (FGV)
  2. Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe)
  3. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE)
  4. Departamento Intersindical de Estudos Estatísticos e Socioeconômicos (Dieese).

Os índices da inflação brasileira

Como mostramos existem institutos voltados a analisar a inflação no país. Mas, elas não estudam o mesmo índice, cada uma é responsável por oferecer um olhar específico para esses percentuais.

Vejamos quais são os índices e seu respectivo órgão de análise

IPC – O Índice de Preços ao Consumidor do Município de São Paulo é medido pela Fipe. Esse índice de inflação analisa os hábitos de consumo de famílias com renda de até 2 salários mínimos.

IPCA – Índice de Preços ao Consumidor Ampliado, calculado pelo IBGE. A partir da análise de famílias (de até 40 salários mínimos de renda) que compõem as principais regiões metropolitanas do país, o órgão disponibiliza dados do consumo dos últimos 8 dias úteis.

INPC – Índice Nacional de Preços ao Consumidor, aferido pelo IBGE. Analisa no período de 8 dias úteis, o consumo de famílias com renda de até 8 salários mínimos. Também, apura os dados nas principais regiões metropolitanas do Brasil.

A Fundação Getúlio Vargas é responsável pelos demais índices de inflação:

IGP-M – Índice Geral dos Preços do Mercado apura três vezes no mês os preços de alguns produtos da cesta.

IPA – Índice de Preços do Atacado verifica os preços adotados pelo mercado atacadista adotas nas capitais brasileiras. A partir da variação surge o índice.

IPC – Índice dos Preços ao Consumidor fornece um índice para famílias de algumas cidades brasileiras (Rio de Janeiro, Belo Horizonte, São Paulo, Florianópolis, Curitiba, Porto Alegre, Recife, Salvador, Fortaleza, Brasília e Goiânia), que tem renda até 33 salários mínimos.

INCC – Índice Nacional do Custo da Construção analisa os valores dos produtos dos materiais da construção civil. Assim como IPC, abraça apenas algumas cidades do país.

IGP-DI – Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna afere os números que afetam principalmente os produtos de exportações do país. Realizado sempre no último dia do mês.

IGP-10 – Índice Geral de Preços é um desdobramento do IGP-DI, mas que tem suas informações coletadas nos dias 10 e 11 de cada mês.

É a partir desses que as empresas de diferentes segmentos montam suas estratégias comerciais e financeiras. Porém, cada um mostra resultados distintos, pois alguns tem produtos bem específicos, e não se aplicam a todos os níveis de empresas.

O interessante é que a empresa escolha índices que abracem o maior número de produtos, ou que tenham proximidade com seu setor.

Como os índices de inflação influenciam as empresas?

Os índices de inflação afetam as empresas em diferentes frentes. Eles mexem com a dinâmica de oferta de empregos, Estoque das empresas, financiamentos e novos investimentos.

Inflação e oferta de empregos

Empresa afetadas por mudanças nos índices de inflação podem perder sua capacidade de contratar. Afim de reduzir custos operacionais, evitam admitir novos funcionários, e até reduzem seu quadro. Algumas empresas, propõe redução salarial para não perder o funcionário.

Outra solução comun para evitar o desemprego, é Contratar Um PJ Para a Empresa.

Inflação e estoque

Empresas de menor porte muitas vezes não conseguem acompanhar a rotatividade dos índices de inflação, e por isso tentam vender o máximo de suas mercadorias em estoque, para ter capital e se manter no mercado.

Inflação e financiamentos

Números altos da inflação incidem diretamente nas taxas de juros, que por sua vez são repassadas em empréstimos e financiamentos. Empresa que precisam desse aporte financeiro freiam suas buscam, ou enfrentam os altos valores propostos pelas instituições financeiras.

Inflação e investimentos

É natural que com os financiamentos com juros altos, os investimentos que uma empresa precise fazer irão diminuir. Isso não quer dizer que a organização não fará Investimentos, pelo contrário, precisará de soluções para driblar um cenário assim. Porém, é bom projetar com especialistas em finanças, as melhores formas de promover investimentos.

Empresas atentas as mudanças no mundo financeiro, conseguem se sair bem em momentos que inflações altas afligem o mercado. O ideal é sempre manter-se informado e levar a sério os índices de inflação. Ter sempre um time bem informado em finanças vale muito a pena.

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Paulo Meloto Neves tem 28 anos, formado em Ciências da Computação. Se interessa por estudos teóricos de modelos matemáticos e computacionais e por mitologia e mística de religiões antigas.
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