O Que é DFC (Demonstração de Fluxo de Caixa)

DFC (Demonstração de Fluxo de Caixa) Como funciona, as vantagens e como montar o seu
Renan Lopes - 26/06/2017

A DFC (Demonstração de Fluxo de Caixa) é um dos relatórios mais importantes para seu empreendimento juntamente como a DRE (Demonstração de Resultados do Exercício) e estão inclusos no vocabulário da maioria dos empresários e até mesmo de autônomos e profissionais liberais. Ambos os relatórios são de extremamente relevantes e proporcionam uma visão estratégica das finanças de sua empresa.

Esta matéria vai abordar em detalhes tudo que você precisa saber sobre o DFC. Acompanha a seguir uma lista com todos os tópicos deste post, basta clicar naquele que mais lhe interessa ou então leia nossa matéria por completo e fique por dentro de todos os detalhes deste relevante relatório.

Navegue neste post post através dos links:

O que é DRE (Demonstração de Fluxo de Caixa)?
Como funciona?
Qual sua importância?
Como montar um DFC para minha empresa?
Como devo analisar o DFC?
Montar um DFC consome tempo?
Vale a pena para autônomos e pequenas empresas?
Preciso de um contador?
Relatórios Relacionados

O que é DFC?

A DFC (Demonstração de Fluxo de Caixa) é um relatório contábil responsável por mostrar objetivamente as receitas, as despesas e também o lucro ou prejuízo de uma empresa em um período determinado de tempo (geralmente 12 meses), utilizando-se necessariamente o Regime de Caixa. Tanto a DFC como o DRE devem ser inseridos no relatório de Balanço Patrimonial.

Por ser um relatório baseado em Regime de Caixa, o DFC leva em consideração apenas as movimentações financerias que foram concluídas, ou seja, as receitas que caíram em sua conta e as despesas que sua empresa realmente pagou, resultando é o fluxo de caixa final daquele determinado período de tempo. Mais a baixo explicamos melhor sobre as diferenças entre Regime de Caixa e Regime de Competência.

Para manter a saúde financeira de seu empreendimento em dia e evitar ser pego de surpresa, é recomendado acompanhar a DFC (Demonstração de Fluxo de Caixa) mensalmente ou até mesmo semanalmente. Imprevistos sempre acontecem, seu cliente pode atrasar o pagamento de uma fatura, ou então, você mesmo pode esquecer de pagar aquela conta importante, gerar juros e mais juros para pagar no fim do mês.

Quando o gestor ou dono da empresa acompanha frequentemente os relatórios, ele pode agir com antedecencia ajudando a evitar inadimplência de seus clientes e economizando com o pagamento de multas desnecessárias por contas atrasadas.

O dinheiro é o que mantém o empreendimento funcionando, é o que sustenta os colaboradores e também o que permite que o sonho do empreendedor continue adiante, por isto o controle financeiro deve ser feito de forma consciente e adequada.

Como funciona?

A DFC (Demonstração de Fluxo de Caixa) é relativamente simples e usa um conceito fácil de entender, sendo seu objetivo principal mostrar o lucro ou prejuízo real da empresa naquele dado espaço de tempo.

Podemos estruturá-lo com 3 categorias importantes como vistas a seguir:

Pontos Importantes
-Atividades Operacionais
-Investimentos
-Financiamentos

Entrando mais a fundo nas categorias da DFC (Demonstração de Fluxo de Caixa), temos em primeiro lugar as Atividades Operacionais que são relacionadas as despesas e receitas advindas do funcionamento de sua empresa, estando relacionadas por exemplo, com as contas fixas como de água, luz e salário dos funcionários, despesas com as prestações de serviços, valor de custo do produtos, aluguel, vendas, recolhimentos do governo e etc.

Após contabilizado as movimentações geradas na área operacional, passamos a segunda categoria que é referente aos investimentos praticados com o dinheiro da empresa. O hábito do investimento deve ser praticado não importando o tamanho do empreendimento, porém é mais comum em médias e grandes empresas. Nesta categoria entram também recebimento de dividendos, imóveis e compra e venda de ativos permanentes.

Por fim devemos incluir na DFC uma categoria referente aos financiamentos associados ao seu negócio, além do pagamento de dividendos, divisões de lucro e também a amortização de juros e dívidas referentes a empréstimos.

Qual sua importância?

A DFC (Demonstração de Fluxo de Caixa) permite ao gestor analisar e entender de forma rápida e resumida se a empresa está atualmente operando com lucro ou prejuízo. Além disto, pelo fato da DFC categorizada com as principais fontes de despesas e receitas, o gestor da empresa poderá utilizar este relatório como ponto de partida para fazer os ajustes necessários.

De uma forma geral, você conseguirá saber se sua empresa está indo bem ou se está tudo indo por água abaixo, e então poderá tomar as devidas providências. Devido a alta relevância das informações contidas na Demonstração de Fluxo de Caixa, recomendados que este relatório seja gerado e analisado pelo menos mensalmente. Caso sua empresa utilize algum Sistema de Contas a Pagar e Receber que gere este relatório automaticante, você poderá conferí-lo semanalmente ou até mesmo diariamente.

A DFC (Demonstração de Fluxo de Caixa) é um excelente termômetro de sua empresa e vai servir como ponto de partida para direcionar seus gerentes e também o seu time para afinar os processos de sua empresa. Além disto, ao se comparar o DFC com o DRE você poderá detectar inadimplências e até averiguar se você não anda pagando juros devido ao atraso de contas.

Como montar um DFC para minha empresa?

A DFC (Demonstração de Fluxo de Caixa) tem o objetivo de mostrar todas as despesas e as receitas da empresa de forma organizada e categorizada.

[ATIVIDADES OPERACIONAIS]
(+) RECEITAS
Venda de Produtos
Prestação de Serviços
Juros Recebidos
Doações Recebidas
(-) DESPESAS
Impostos
Aluguel
Folha Salarial
Fornecedores
Despesas de Escritório

[INVESTIMENTOS]
(+) RECEITAS
Venda de ativos
(-) DESPESAS
Compra de ativos

[FINANCIAMENTOS]
Captação de dívidas e empréstimos
(-) DESPESAS
Pagamento de dívidas e empréstimos

[FLUXO DE CAIXA]
(=) RESULTADO FINAL (LUCRO / PREJUÍZO)

Acima, demonstramos um exemplo que pode ser seguido como base para o relatório, porém cada empresa pode escolher as categorias e subcategorias a serem adicionadas. Algumas empresas podem optar por um vasto detalhamento das opções enquanto outras podem optar por simplificar ao máximo.

Tudo vai depender do objetivo a ser alcançado, para uma reunião com um investidor ou consultor por exemplo, você irá querer muitos detalhes, enquanto que para uma apresentação rápida dos resultados da empresa para sua equipe, uma relatório mais objetivo e com menos linhas pode ser mais indicado.

Como devo analisar o DFC?

Diferente da DRE, a DFC (Demonstração de Fluxo de Caixa) é bem mais simples de ser interpretada e compreendida, e muito se deve ao fato da utilização do Regime de Caixa, ou seja, todas as entradas contidas no relatórios são referentes as movimentações (de entrada ou saída) que realmente acontecerem (o dinheiro já foi com certeza pago ou recebido por sua empresa).

Estas informações são muito úteis principalmente quando comparamos as DFCs de todos os meses de um ano, pois desta forma conseguiremos detectar sazonalidades que são inerentes ao mercado, e você poderá identificar quais são os meses em que sua empresa efetivamente recebe mais dinheiro, e quais são os meses de baixa. O mesmo serve para as despesas e os gastos de seu negócio, você poderá indentificar quais são os períodos mais onerosos.

Além disto, o ponto mais importante a ser notado, é o resultado final do Fluxo de Caixa (receitas menos despesas). Um balanço negativo significa que vocês andam gastando demais e as receitas não estão conseguindo cobrir as despesas de operação.

O quanto antes você conseguir detectar um fluxo de caixa negativo, maiores serão suas chances de achar a raiz do problema e reverter a situação. Por isto, ter em mãos de forma fácil um relatório detalhado e categorizado, vai permitir que vocês analisem as fontes de despesas e tentem otimizar o processo e tomar decisões importantes para que sua empresa possa escapar de uma falência.

Montar um DFC consome tempo?

A resposta para esta pergunta é: depende.

Para se fazer um DFC é necessário controlar as despesas e receitas de sua empresa diariamente, e a dificuldade de se gerar este relatório estará diretamente vinculada ao métoco que sua empresa utiliza para anotar as entradas e saídas.

Um dos métodos mais comuns é anotar tudo com papel e caneta, e se você ainda utiliza este método, pode ser que você tenha um pouco de dificuldade para manter o DFC sempre preciso e atualizado.

O papel, apesar de barato, é dificil de ser mantido de forma organizada e segura, buscar os dados e tentar extrair informação é uma tarefa muito trabalhosa e demorada.

Agora, caso sua empresa utilize planilhas, o processo é bem mais simples e o fluxo de caixa pode ser analizado de forma mais dinâmica, desde que as fórmulas e os arquivos das planilhas estajam muito bem organizados e preparados.

Um dos pontos negativos das planilhas, é que elas, geralmente, impossibilitam algumas coisas mais avançadas, como por exemplo: cruzar dados, fazer pesquisas, gerar relatórios personalizados ou relatórios de longos períodos de tempo (diversos anos).

A terceira opção que é cada vez mais comum hoje em dia, é a utilização de um Sistema Online de Controle de Fluxo de Caixa que além de manter seus dados sempre seguros e disponíveis, faz a gestão dos relatórios de forma automática e economiza tempo. Ao contrário do papel, geralmente os sistemas online possuem um custo mensal associado ao uso das funções avançadas.

Nossa equipe recomenda a utilização de nosso Sistema Soma, ele foi feito para autônomos e pequenas empresas e consegue gerar diversos relatórios como este de forma fácil e automática, comece gratuitamente e teste sem compromisso.

Vale a pena para Autônomos e Pequenas Empresas?

Com certeza. O Brasil é um pais com um alto índice de mortalidade de empresas, o número é assustador e uma das principais causas dos empreendimentos fecharem as portas, é a falta de controle financeiro.

O dinheiro é o coração de qualquer negócio, sem ele você não consegue prosperar, gerar empregos e fazer a diferença no mundo, por isto, devemos tratar com seriedade a saúde financeira de qualquer empreendimento, mesmo que você seja autônomo ou MEI.

As opções para que você mantenha tudo em dia são muitas. Se você quer gastar pouco, ter comodidade e segurança, utilize um sistema online. Caso você ainda não queira investir em tecnologia, comece com planilhas ou até mesmo com o papel e a caneta, mas não se esqueça de controlar diariamente as saídas e entradas de dinheiro.

Preciso de um contador?

Não, para montar o seu relatório você não irá precisar de um contador, basta você anotar diariamente todas as suas despesas e receitas, anotar os dias em que elas foram pagas e recebidas, categorizar e fazer o balanço.

O processo é bem simples e você pode começar quando quiser. Apesar disto, a ajuda de um contador ou de um consultor são sempre muito bem vindas e recomendadas por nossa equipe.

Relatórios Relacionados

A DFC (Demonstração de Fluxo de Caixa) por si só é uma grande aliada das empresas de todos os tamanhos (principalmente das micro e pequenas), mas para uma entendimento mais aprofundado sobre sua própria empresa, existem algumas outras opções de relatórios que podem ser analizados em conjunto.

Como a DRE (Demonstração de Resultados do Exercício), que em sua estrutura é muito parecido com o DFC, o que muda é que no caso do DRE utilizamos o Regime de Competência. Isto significa que as despesas e receitas presentes neste outro relatórios são relacionadas a data em que elas foram adquiridas, independente de terem sido pagas ou não.

Outro relatório que podemos citar é o Balanço Patrimonial que leva em consideração os bens de sua empresa.

Para finalizar o artigo, gostaríamos de desejar boa sorte em seus empreendimentos e lembre-se de cuidar sempre muito bem das finanças para aumentar as chances de sucesso.

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Tem 33 anos, empresário e formado em Ciência da Computação com pós-graduação em Tecnologias Web e MBA em Gestão de Projetos. Aficionado por tecnologia, empreendedorismo e finanças.
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